sábado, 29 de abril de 2023

A Fasta João Rodrigues

  A FESTA

 

JOÃO RODRIGUES

 

A cidade estava vazia, o tempo sombrio que cobria a cidade, as pequenas ruas calçadas de pedra que faziam bater as carrocerias dos velhos e novos carros que eram visto por pessoas. De muitos podia colher olhares tristes que se atiravam no nada, eu, porém, via que em muitos deles estavam no mórbido tempo que passou e mesmo distantes em seus semblantes ainda restava um pouco de esperança. Na minha chegada porém, observei que quando alguém me via, tentava me dizer alguma coisa, mas sem ter intimidade com o meu ser se contentava com o meu passar que não era parecido com os que ali habitavam na mais completa simplicidade. No entanto, no tocante à felicidade eu não podia confiar na totalidade, pois dava para perceber que dentre eles pairava sobre o ar uma tamanha camada de inveja, ou seja, talvez quem saiba ambição. Vi que atiravam nos olhares algumas pequenas flechas de desejos que se espetavam outros em forma de sorriso, de gargalhadas.

Recordo que ao chegar ao porto do rio, o sol já começava se por e lá distante os seus raios se escondiam sem ser apreciados por ninguém, talvez por estarem acostumados a um cotidiano sem nenhuma novidade ou perspectiva de vida. As balsas tocadas a motor vinham ao encontro do porto com seu som inigualável e homens musculosos a amarrava com potentes cabos de aço, quando os carros penetravam em seu interior dando a impressão de estarem chegando a casa. Eu me sentia assim também, até me assentei num pequeno banco junto às pessoas que me olhavam com diferença, até parecia que eu seria um ser diferente de todos ali presentes. Para eu não ficar assim constrangido procurei falar com um casal de parentes que tinha vindo comigo num ônibus empoeirado que eu já nem mesmo sentia ali. Logo vi aquela embarcação milagrosa por ter nos conduzido por sobre as águas de uma maneira muito natural. Já do outro lado do rio não me contive de emoção sei que tive até mesmo vontade de chorar. Mas, no entanto não chorei, dando o prazer de poder estar chegando para a festa que muitos anos eu não vinha participar. Na verdade ainda estava muito longe da festa mais eu gostaria de participar também da festa de são João Batista, pois faltavam poucos dias, mas mesmo assim já se via nos olhos das pessoas a vontade de poder sorrir ao lado de alguém junto ao calor das chamas nas grandes fogueiras. Parecia o perder de vista quando me atirava no desconforto do sentimento, pois eu não era lá estas no tocante a alguém vinha de muito longe e só, pois trazia comigo um pouco de desilusão de viver tanto tempo longe da minha terra fazendo das tripas coração para sobreviver amando alguém que na verdade às vezes estava bem distante do amor e sim no tom desconcertado de hipocrisia beijavam os meus tostões como forma de sobrevivência. Eu na verdade me sentia nu despido de tudo que me envolvia no passado, agora estava chegando para a festa e que festa seria sim uma grande festa em minha mente. Já imaginou o que seria uma festa em sua mente, sim deve ter imaginado quanto a mim no inicio, mas quando me vi diante da fogueira pude perceber os olhares de pessoas que muito me agradavam. Dirigi-me a praça da cidade lá não encontrei ninguém, ela estava sóbria e num desconsertado momento eu me retirei para onde havia uma barraca pude ver nos olhos de uma jovem que lia em poucos instantes um desejo ardente de viver um pouco do meu lado. Gostar-me-ia de dizer o mesmo a ela, porem como poderia a forma de declarar uma coisa tão sublime quanto essa. Sim, tirei do meu eu o medo ou a timidez e me vesti de coragem uma coragem, porém com medo, um medo idiota de ser rejeitado por ela, mais mesmo assim fui. Fui animado com tanta satisfação me encontrei por entre os seus sons obscuros das explosões das bombas e foguetes uns até se desfaziam no ar em forma de lagrimas. Eu também parecia ser lagrimas ou os meus olhos que choravam de alegria, pois me sentia distanciando do meu passado distante no meu semblante dava até pra notar, mas mesmo assim sem ambiente como que uma pessoa se sente em uma sociedade que é desconhecida ou como uma coisa qualquer coisa de uma coisa qualquer. Mas veja só o que aconteceu. Devagar eu fui falando:

- Olá como está linda à noite hem?

- Sim bonita, mas todas as noites são lindas.

- Sim concordo com tamanha elegância, só que para todas as noites de nossas vidas sejam como essa enorme simpatia que esta se referindo e evidente que necessitamos de nos estar apertados há todos os instantes nos braços da pessoa amada.

- Nem sempre – respondeu a moça.

Eu meio cabisbaixo por não ter a felicidade de poder contar com a compreensão da linda jovem que no seu olhar me parecia ser também uma necessidade do amor ou de pelo menos um contacto com alguém que de tarde com o sol alto eu lhe fizera esquecer um pensamento de ilusão do passado voltei a pronunciar de maneira educada:

- Poderíamos dar uma volta na praça?

- Não, hoje eu vou ficar aqui, é dia de são João.

- Ótimo, assim posso acompanhar a senhorita a esta festa.

- Desde que não me venha causar tristezas.

- Mas como eu poderia fazer isso, jamais me perdoaria em fazer uma linda mulher como você se tornar triste, você na verdade como é seu nome?

- Margarida, por quê?

- Não é nada de especial é que eu gosto muito de falar com as pessoas sabendo o nome delas.

Ele não me permitia à liberdade de poder me sentir feliz muito feliz, eu gostaria de poder dar a ela naquele momento todo o amor de minha vida eu gostaria mesmo, mas como eu poderia dizer que era ela a mais linda das mulheres a mais linda das mais lindas.

- E você qual o seu nome?

- Eu? Há sim o meu nome, Nelson, Nelson José as suas ordens Margarida.

Assim Margarida me olhou com mais afeição, pois nos seus lindos olhos eu vi presente uma grande satisfação.

- De onde você é?

- Sou desta cidade – respondi de maneira muito natural.

- Mas eu nunca te vi aqui – retrucou-a com ar de desconfiança.

- Sei que você nunca tinha me visto aqui, e que sai deste lugar maravilhoso quando eu ainda vivia momento de inocência, ou seja, momentos de infância, mas vejo lá muito distante esse tempo.

- Você parece ser um rapaz feliz.

- É claro Margarida ainda mais por poder estar consigo no tocante ao amor e ele na verdade que me faz assim parece que alguma coisa inexplicável que se compõe o amor.

Vem aos poucos invadindo o meu ser a dados momentos que me conduz a verdadeira felicidade e você eu sinto que também tem algo muito importante para relatar.

- Tenho sim, sou muito descrente do amor ate chega ao ponto de pensar que o amor não existe.

Sei que eu olhava friamente para os olhos de margarida e me sentia ainda mais feliz, pois notava que a me ver conversando com ela as demais garotas sorriam para mim, ate parecia que invisivelmente elas travavam uma grande batalha para me ter do seu lado.

- Se eu fosse você Margarida acreditaria mais no amor.

- Sim é o que eu quero, mas veja só a gente que vive nesta cidade do interior e sempre vitima de alguém que deixa uma nuvem de sedução pairar sobre as nossas cabeças e aqui e acolá, acontece à sorte de algum se casar com uma privilegiada.

Quando ela falou em casamento senti dentro de mim um frio que percorria o meu corpo querendo dizer que estava muito cedo para esta decisão e que a festa estava simplesmente começando.

- Compreendo Margarida o casamento me parece que temos que contar com um pouco de sorte e, além disso, conhecer melhor um ao outro para no futuro não nos separarmos de maneira cruel.

- Que maneira cruel?

- Sim com brigas, separação judicial e até muitos casos como já vimos de crimes, assassinatos...

- Estou entendendo, mas por que estamos falando nisso?

- É porque veja, só não tem nada a ver com isso.

Tentei encontrar logo em seguida um papo que pudesse substituir toda aquela ingenuidade e logo veio em minha mente:

- Não estou gostando muito de ficar aqui, sinto que tem muitas mulheres estão nos olhando e isso não é bom para o nosso amor.

- Por que não é muito bom? – indagou a ingênua Margarida.

Assim percebi que seria fácil poder somar alguma coisa a meu favor, senti, no entanto que o que eu tinha que fazer teria que ser muito rápido e assim argumentei:

- Sabe Margarida é muito bom à gente ficar um pouco a sós, pois desta forma nos expomos muito pouco aos olhos das pessoas, de forma que nem para um lado nem para o outro causara aborrecimento.

- E onde devemos ir já que é assim?

- Vamos ver as águas do rio, é muito bom para o amor apreciar as águas.

- Está bem, mas eu não posso chegar muito tarde a casa.

- Está bem é claro que a hora em que você quiser vir estarei pronto para voltar.

Sei que quando ela se decidiu, senti como que uma chama começasse a arder o meu corpo, vi logo o meu corpo sedento de amor e levemente coloquei a minha mão sobre o ombro dela, até que nós misturamos na escuridão. E logo percebi a invasão da vontade apertando meu coração, comecei abraçar o delicado corpo de Margarida no inicio fui com medo, porem fiquei surpreso quando ela mesma se atirou em meus braços de uma maneira muito confiante, enchendo o meu corpo de vida. Vi-me na obrigação de poder retribuir com o mesmo afeto e tanto amor. Meus lábios se encontraram com os delas, parecia que pedir uma união ou até mesmo se ajuntarem no mundo encantado de prazer que quando mais beijávamos mais tinham eles vontade de beijar. Nossos corpos se enroscavam um no outro provocando um calor incomparável até que chegamos quase sem poder andar num cais à beira do rio, tudo ali era escuro só se via lá distantes vultos de canoeiros que seguiam a maneira do destino e como eu num barco de prazer me deitei com ela sobre a areia e num beijo profundo tentava me encontrar com a maior emoção que pudesse pensar. Por outro lado também ela nem mesmo podia precisar o quanto estávamos felizes, pois se perdia em meus braços como um alguém que nunca tinha sido feliz e ou que estaria provando pela primeira vez o sabor da felicidade depois ela dizia:

- Você é demais, como gosto de estar ao seu lado.

Senti-me lisonjeado com tamanho elogio, pois na verdade i nosso primeiro encontro já estava tão assim avantajado, logo a minha mão se misturava com seus lábios à procura de tocar no corpo dela, sei quando eu tocava em seus seios dela percebia que não tinha sido usado por ninguém muito menos as suas tetas que já no tamanho normal esperavam por o fruto do amor e alimenta-lo com o verdadeiro sangue da vida, eu ate em muitos instantes parecia querer ser uma criança, pois procurava ali algo, seria a verdade um deslizar da mente no vazio de emoções sem fim. Sei que a minha boca borbocejava os seios, as tetas, a barriga, até mesmo descia em suas pernas, pois todos os lugares do seu corpo para mim eram sensuais, eram sentidos no fundo da minha mente. Notava-me que ela estava preocupada em viver aquele instante, pois transmitia muita necessidade do futuro e se era para viver o presente eu ia me entregando aos poucos a ela por sua vez se soltava das garras do preconceito e como era delicada a pele mimosa aquecida pela vontade de fazer amor que se sentia em qualquer parte do seu delicado jeito de abraçar e falar:

- Meu amor quanto tempo vivo à procura de alguém parecido com você, mas por que você chegou?

Na verdade eu nem mesmo tinha chegado, mas me sentia feliz ao ouvir uma voz decente que louca de emoção me dizia:

- Como pode ter uma mulher tão interessante quanto você – indaguei a ela como se fosse um pensamento em voz alta.

- Você acha que sou assim?

- Não, só gosto como posso afirmar, gostei de você.

Sei que eu não mentia, pois naquela escuridão eu podia delirar no vulto do vultuoso corpo que eu parecia ser dono via os seus seios com linda forma de sedução encostar-se a meu peito até parecia que queria penetrar dentro de mim com os dois, não me deixei abater com nada, não era do meu interesse.

- Não quero que você me leve em casa, eu quero que vá, pois a minha vida vai virar um verdadeiro inferno, eu temo de ficar grávida, meu pai vai me matar.

Ela se foi na escuridão, eu como uma fera que saciou da fome fui embora, levando comigo quem sabe uma eterna lembrança de um momento que nunca ia se repetir. Os dias passaram, eu andava pelas ruas da cidade parecia estar aguardando um dia de festa muito especial. Logo percebi que muita gente começava a chegar até veio de longe via que elas se sentiam felizes por chegarem num lugar tranqüilo e poder matar a saudade de tanto tempo que ficou para trás que talvez fosse esta ocasião de poder tentar reencontrar. O vento assoprava lentamente o vazio de suas mentes enquanto eu perdia na vontade de poder encontrar com Margarida, mas como uma vez que eu nem se quer sabia onde ela morava. Meus olhos meigos e sentimentais tentavam se envenenar de pranto por não me encontrar feliz eu gostaria de procurar com eles mesmo assim tristes, pois não tinha ninguém que substituísse a Margarida. Recordo que já era tarde quando recebi um telefonema e atrás do aparelho alguém com uma voz delicada dizia que gostaria de me ver, este alguém me dava à impressão que era o meu passado, eu me sentia feliz por ser lembrado, mas não assim com muita grandeza, sabe como a coisa que a gente não vê com emoção? Sim era assim que eu pude observar o absurdo mudo sem sentimento, mas já à noite como tinha sido combinado eu fui até a praça onde me encontrei com ela. No carro depois que ela se predispôs a me dar carinho percebi que o seu ser estava um pouco disponível a uma vida de certo capricho, pois nem só eu, mas como qualquer um que ficasse ao lado dela poderia mergulhar na desilusão, até que falamos um pouco:

- Estou muito feliz de poder estar um pouco ao seu lado, no entanto, é verdade que não pode nos conter no que já passou, mas sim no presente e devemos analisar o futuro.

- Mas não estou entendendo o que está querendo dizer.

Antes porem de ela responder, ficou inibida quando percebeu que eu estava preocupado com a vida de uma maneira de passatempo, pois até disse:

- O que tem de concreto nos seus planos?

- Meus planos são um pouco obscuros, sei que estou andando em busca de felicidade e gostaria de viver esta felicidade com você. Ela me observava de uma maneira policial, ate parecia que ela estava sendo orientada por alguém, mas mesmo assim eu viajava na imaginação e tentando me encontrar no presente, porém dificultando por eu estar à espera de alguém, que viesse a substituir a Margarida, no entanto dava pra perceber que com aquela jovem que até não merecia dar o nome, mas vou falar para que você leitor não fique constrangido quanto a mim. Rosimeire, Rosimeire de Aguiar, era este o nome da garota, de grande peça que escondia do meu lado.

- Vejo que você está muito feliz com seu plano, como encara a vida assim, o que tem feito?

Era essas coisas que a mulher mais idiota de minha vida falava e eu ali com cara de otário me perdia no ódio, mas mesmo na ilusão de que quem sabe, ela poderia manifestar alguma coisa, mas também pra isto acontecer, teria de ser, ou acontecer um verdadeiro milagre, pois a pobre mulher não tinha muita coisa pra oferecer.

Como eu já sentia que aquela noite já estava perdida, resolvi então mergulhar no porto do conhecimento e assim pude perceber que o mórbido olhar daquela fêmea, Demonstrava uma coisa sem graça.

- Vejo que a sua beleza está aumento que falamos.

Falei isso pra ver o que aquela pobre coitada me dizia.

- Você esta se referindo a mim de verdade?

- É claro boneca. – respondi olhando pros lados, como não tinha ninguém eu voltei a relatar:

- Vejo em seu corpo tamanha simpatia.

Ela veio com os seus lábios ao encontro dos meus, permiti, porem com uma tristeza ou uma vontade de poder estar ali naquela hora uma mulher de verdade, pois parecia ser um verdadeiro contraste, pois dias atrás estive com uma doçura de mulher e feliz, pude me sentir por alguns instantes e ali com aquela nem que eu vivesse algum tempo, e que ela fizesse um capricho e que o destino lhe ajudasse não seria possível.

- Rosimeire como você é linda.

Sei que quando falei em beleza ela ficou triste, pois sabia que eu estava mesmo era tentando agradar, ou menosprezando, mas mesmo assim ela começou uma crise de beijo apesar de seus lábios não dar certo conforto no beijo, eu aproveitei para tolerar e de vez em quando eu olhava o relógio pedindo a Deus que me conduzisse logo ao final da noite ou aquela coisa resolvesse ir embora.

- Como você beija gostoso!

Eu quase sorrindo respondi:

- Obrigado garota, isso é bondade sua.

O meu temperamento na verdade é muito bom, porque se não fosse à coitada da pobre moça, eu já teria dito a ela o que muitas não gostariam de ouvir.

Na mesma que logo chegamos a um lugar até mesmo sugerido por ela eu coloquei um suco na garrafa, uma garrafa, só pra nós dois, ali fiquei tomando de pouco a pouco só pra passar o tempo. Percebi que ela era muito liberal, mas, no entanto o que tinha a ver ela não tinha nada a oferecer. Nem mesmo num grande dia de festa eu precisaria ter medo ou ciúmes, pois quando eu abraçava a moça dava ate pra sentir as suas costelas incomodar a roupa que ela se vestia. De modo que quando eu a abraçava me tentava conter as minhas forças para evitar que eu machucasse a delicada figura, o interessante e que seus bustos quase que invisíveis não podiam ser tocados seria uma timidez total ou seria uma vergonha que lhe acompanhava por não ter nada do aproveito. Eles existiam, porém meio baixos e murchos, parecendo o úbere de uma vaca que tivesse apartada antes da época.

- Já está ficando tarde, eu tenho de ir a minha tia não pode saber que eu estou aqui.

Fiquei pasmado saber que aquela caveira era proibida de se encontrar com alguém, foi grande o ardor no sentimento por perceber que tia tinha aquela coitada, aquela caveira era proibida de se encontrar com alguém, foi grande o ardor no sentimento por perceber que tia tinha aquela coitada.

- Mas o que tem a ver sua tia, não vai se importar de que você tenha saído, pois estamos em festa.

- Sim, mas ela é muito difícil de ser entendida.

Imaginei que a tia dela fosse pior do que ela. Cheguei ao ponto de imaginar que a tia da jovem fosse uma velinha indefesa, no entanto ela mesma fez questão de demonstrar de que ela não precisava de alguma coisa.

No ambiente onde estamos senti que uma mulher velha e por sinal muito feia tentava ouvir o que tanto de bom falávamos, porém eu procurava falar difícil isso e entendia muito estudada até dava pra perceber no linguajar.

- Não sei como vive muito tempo neste lugar.

Achei muito estranho o que ela se misturar e depois ficava agora pensando e ou maldizendo do passado até me dava vontade de reaver o que era de natural.

- Estou muito feliz com você.

- Eu também apesar de não poder lhe dedicar numa totalidade, mas se eu pudesse,tenho certeza de que seria.

Eu não estava mesmo gostando de Rosimeire, mas como não tinha ninguém e já era tarde procurei me distrair.

- Vamos andar um pouco? – indaguei com respeito.

- Onde está querendo ir?

- Ah, sei lá, qualquer lugar.

Falei qualquer lugar, pois á dias atrás eu tinha estado com Margarida que nem sequer pudesse comparar com ela, assim que podíamos ir a qualquer lugar mesmo não ia acontecer nada mesmo de especial. O certo é que saímos dali e fomos pra perto do rio, lá no cais o céu este dia estava de festa, pois a lua dava um banho prateado a terra e com isso escondendo a ousadia das estrelas e na noite, ali naquele lugar eu falava de amor com alguém que na verdade nem mesmo podia praticar os atos do amor, mesmo que ela quisesse não teria condições sei lá, não dava pra encarar aquela magreza, ai mesmo assim Rosimeire deitou no meu colo e tive a oportunidade de brincar com seus cabelos, beija-la de vez em quando apesar do beijo não ser lá grandes coisas, com isso o tempo passou e já era na madrugada a deixei em casa sai na disparada pelas ruas sem destino a procura de alguém que pudesse me fazer feliz, porque considerei perdido o meu tempo, porém a minha mente ficava imaginando coisas, será que ela vai engordar? Ela tem um lindo cabelo. Ela... Ah! Deus faça com que eu esqueça aquela coisa. Já era tarde a madrugada fria meu corpo triste por ser debilitado por minha mente e o meu destino parecia chorar e acho que chorava, só que um choro sem choro. De modo que o frio me convidou a cama deixei o carro na garagem e fui dormir, mas mesmo antes de entrar pra dentro de casa ainda me sentia na vontade de sair rodar, rodar, até que encontrasse alguém para me saciar, me matar de sede de amor que aquela coisa não pode fazer por mim, mas ao mesmo tempo eu tentava dizer ao meu eu, que teria sido, e isso ai, foi uma caridade Nelson que você fez, falou de amor, paz, de felicidade pelo menos o dia que ela se vestir da realidade já estará sabendo que fora você que lhe deu os primeiros ensinamentos no tocante à vida a ilusão de viver. Já o sol bem límpido, o céu, fui pro rio tomar banho lá na praia me encontrar com as brisas que aos poucos ia me retirando de mim a tristeza que me corroia, assim quando me deitei na areia sentia que os raios de sol vinham banhar o meu corpo me dando a satisfação de prazer de em vez em quando o vento assoprava a minha pele fazendo com isso eu me sentir como uma jóia que se lapidava por si só na imensidão dos sonhos e lá no fundo do meu coração parecia nascer uma pequena coisa, que podemos lhe dominar uma plantinha de aventura, pois até mesmo parecia que meu ser no futuro já eu provava de um sabor diferente não como Margarida e nem mesmo Rosimeire, que este último se eu pudesse apagaria de minha imaginação. Levantei e dei uns mergulhos e os meus olhos alegres se misturavam as límpidas águas como se quisessem me mostrar alguém que ali estivesse escondida. Na verdade eu via muitas mulheres que ali também tomavam banho e, no entanto meus pensamentos estavam viajando para um lugar distante e invisível, pois não podia precisar onde estaria agora alguém que fosse deitar comigo na sombra da árvore que eu percebia estar crescendo dentro do meu coração de uma maneira invisível. A tarde veio pra me trazer pra casa, foi lindo lá no rio, recordo quando vim olhando as árvores ao lado da estrada pareciam que elas estavam felizes por estes dias de festa, pois até pareciam dar meu muito obrigado a mim, também pudera só no ano seguinte que eu e outros seres humanos deveríamos passar mais freqüentemente por ali. Depois do almoço fui me deitar. Sei que dormir um pouco, até mesmo sonhei com a pessoa que me aguardava para pousar comigo lá na sombra maravilhosa arvore, sei que no seu corpo nu eu via no sonho. Fiquei encucado quando me levantei imaginando como eu iria encontrar com a garota. Entrei no carro dei uma volta na cidade, mas nos olhares que se atiravam em mim não tinha nada a ver com o sonho e sonho esse que já até pertencia um pesadelo, estaria eu ficando biruta até cheguei a imaginar tal hipótese, agora eu não pensava nem na linda Margarida. Já pensava muito pouco na encrenca da Rosimeire, agora era a menina do sonho, da visão, do pensamento sei lá! A menina do rio, do sol, da estrada, da árvore, do coração da ilusão... Rodei pelas ruas até que vi o sol se pondo e percebi que a noite estava vindo em direção a terra, voltei pra casa e depois resolvi sair não totalmente da noite, ela começava a chegar e de uma maneira sutil uma jovem me pediu carona, achei estranho, mas dei. Saímos rua a fora, foi que eu perguntei pra onde ela ia:

- Vou com você pra onde quiser tenho algumas coisas pra dizer.

Assustado, notei que era a voz dela da visão ou sonho, vamos dizer assim.

- Que bom fico feliz em poder ser útil a alguém, e ainda mais linda como você.

Eu falei linda pra não magoa-la, na verdade não tinha lá essa beleza, mas também não era de jogar fora. Eu não pude concordar com ela, mas fiquei em silencio, porem ela continuou:

- Você sempre passa por mim, ate já me falaram de você, mas estava esperando uma oportunidade.

Notei nos olhos delicados da garota que o que ela dizia era pura verdade sei que fomos lá pra perto do rio, porem notei que ela não estava totalmente feliz, pois ao beijar-mos senti que o seu ser estava invadindo de alguma coisa que lhe impedia de ficar ali comigo.

Seria por ainda estar cedo da noite, alguém de verdade fosse o seu namorado, pudesse encontrá-la comigo ou seria alguém que fosse responsável por sua guarda.

- Sinto que esta um pouco triste, não esta feliz comigo?

- Neide é o meu nome, Nelson.

Vi nos olhos de Neide que o amor dela por mim era grande assim para que ficássemos tranqüilos a convidei para um lugar sossegado.

- Podemos ir para um lugar sossegado?

- Sim, desde que não demoremos muito, não posso chegar tarde a casa.

- Não logo estaremos em sua casa.

Sai dali com ela se estivesse carregando uma jóia preciosa, para dar a alguém de presente esta era sensação que eu sentia de vez em quando, eu olhava pra ela e percebia que ela estava sentindo a mesma angustia de amor que apertava o meu peito. Eu ia feliz com ela podia imaginar o quanto eu estava feliz, pois tinha sido ela que tinha me escolhido eu estava feliz, muito feliz de saber que eu servia que eu era visto por você ter alguém até comentei:

- Sabe Neide, eu estou feliz por você ter me encontrado com a sua atitude decente, você me fez ser ainda mais, eu estou muito feliz por você e por mim de saber que posso fazer alguém feliz.

Ela nem respondeu e nem deu a sua opinião, já tínhamos chegado a uma pista de aeroporto desativada, lá distante dos olhos de alguém que pudesse denunciar o nosso romance, sei que em troca da resposta ela se jogou em meus braços de olhos fechados e coração aberto a linda Neide que não era na verdade linda mais bonita por excelência, por atitude, por apreço, por tudo que pudesse pensar de uma mulher. Enquanto beijávamos, sei que minhas mãos deslizavam pelo corpo de Neide, logo vi os meus lábios se entrarem com as tetas eu me senti alimentado de corpo e alma, ela meio inibida, mas assim me fazia entender que não era para... Tudo bem ela não falou, mas dava pra perceber no seu ser que naturalmente transmitia esta informação. Mas, no entanto para que eu não ficasse na duvida perguntei:

- Você é virgem Neide?

Ela não respondeu, nem sei se ela me respondeu, eu não quis também insistir, pois se ela não fosse tudo bem e se ela fosse eu acho que não deveria enfrentar tamanha responsabilidade, ou tirar dela o direito de ser feliz com outro uma vez que na totalidade eu não iria assumir com ela tal compromisso não por desmerecer o seu corpo, mas e que a minha vida quase definida eu já imaginava o que queria e ela não podia ocupar a lacuna do meu sentimento no tocante ao meu projeto de trabalho e de vida e ate mesmo amoroso. Nem vi o tempo passar. Sei que alguém também me aguardava de modo que não pude ficar muito tempo com ela, saímos sem nada de especial acontecer, mas não ficou tudo aquilo como não especial e que o que eu queria me referir seria eu conhece-la como mulher, fazer amor com ela. Ate se algum homem soubesse que eu tinha deixado Neide passar de liso me chamaria de veado, bicha, fresco ou outra coisa qualquer eu, no entanto não me preocupei muito deixei que ela se manifestasse o que queria vi nos olhos dela que era ingênua, pois da maneira que ela deixava que a tocasse só podia ser de uma virgem, pois não tinha muita experiência no tocante ao amor, amor de uma maneira sexual. Saímos dali depois que ela ajeitou a sua roupa, só a blusa, pois ela estava de short e eu não quis tira-lo. O mais emocionante foi quando eu seguia com ela pelas ruas e ela se deitou dentro do carro para ninguém vê-la comigo seria por estar comigo ou por estar fazendo alguma coisa errada até perguntei.

- Por que fica escondendo?

Com a voz meio baixa ela disse:

- Sabe Nelson, é que o povo desta cidade fala muito, aqui é um verdadeiro inferno, eles falam o que não aconteceu e o comentário corre de boca em boca, é uma desgraça, o povo desta cidade é como muitos dizem aqui é um verdadeiro cemitério do diabo.

Até meus pêlos se arrepiaram quando ela tocou num nome que para mim e acho que para muitos seria ruim. Depois que deixei a Neide na rua dizendo ela era perto de sua casa e fui embora voltei em casa e depois fui pra praça. Ah neste dia estava muito animada, vi muitas garotas se deslizarem em minha visão, mas logo pude me deparar com Rosimeire, me apareceu na obrigação de continuar com ela não por amor, mas, por pesquisa, saber o que realmente a convidei para tomar um drinque, logo ela se recusou, eu meio assustado notei que ela já tinha bebido.

- Já esteve bebendo com alguém?

- Sim, estive bebendo com a minha amiga.

Engraçado porque ela bebeu. Imaginei perguntando:

- Por que bebeu?

- Ah! Sei lá ela me convidou eu realmente não gosto de beber, mas quando cedo à noite cheguei à praça não te vi, assim não tinha o que fazer fui beber.

Fiquei ainda mais triste por saber se seria verdade dela de estar a minha espera, se fosse ela me esperaria, mas sem beber, porem cheguei ate a pensar se fosse ela ficaria desesperada, pois podia notar de que eu não estava a fim. No tocante a isso sentia eu também que ela parecia perceber, pois o que talvez de preciosos apesar de não ser muito bom, mas ela poderia me oferecer.

- Não sei por que você esta comigo.

- Sabe por que você esta falando isso? – argumentou ela meio triste.

- Sim gostaria de apagar esta duvida.

- Ah! Deixe pra La, eu não posso mesmo dizer você pode ficar nervoso comigo.

- Esta bem se você pensa assim, quem sou eu para pensar diferente.

Falei aquilo para deixá-la tranqüila, mas dentro de mim estava aportada uma grande confusão, eu estaria perdendo tempo com aquela coisa mais ou menos eu me via enrustido no nada, pois se fossemos compara-la com Margarida e com a Neide ela não... Deixa pra lá não dava me4smo pra comparar. Mas o que seria porque eu estava com ela era uma coisa invisível, mas também não era coisa do visível era uma coisa estranha, muito estranha.

Sei que graças a Deus já passava de uma madrugada foi que o destino me fez leva-la em casa e fui embora dando graças pela oportunidade que a vida me deu em poder fugir dela sem nenhum problema. No dia seguinte, um domingo de sol, fui ao rio também tomar banho, ali pude maravilhar grandes belezas de mulheres, tinha ate mesmo num canto da minha mente um pouco de amor, mas os meus olhos atiravam na indecisão do futuro de quem sabe, eu esta noite fosse encontrar com a linda Margarida ou Neide, mas não pensava me encontrar com Rosimeire, não essa não, quando o fio da imaginação tenta me desviar ai eu corria, corria de mansinho para não me conter no pesadelo, eu nem mesmo queria reviver um novo pesadelo de ouvir asneira daquela mulher misteriosa, aquela mulher magra sei La, aquele trem... Já era noite entrei no banheiro logo alguém me chamou ao telefone, fiquei muito feliz ao perceber de que era Neide que estava querendo me ver, não sei em quanto tempo pude me deliciar da água que deslizava em meu corpo eu ate mesmo tentava dividir minha satisfação com ela e feliz eu imaginava que era uma virgem que estava me desejando será que aquele dia seria escolhido por ela para ser mulher de verdade e porque logo eu o escolhido assim, eu sentia que logo muito especial invadia-me da cabeça aos pés. La bem distante quando parei o carro com ela na pousada sei que se vestia com uma blusa com vinho ate lhe fazia mais bonita, era uma blusa de botões que aos poucos eu ia desabotoando- os e nos afogamos num mar de beijos, quantos beijos trocamos, beijei também os seios dela, que maravilha eu encontrava em meu coração que coisa linda, que coisa que não se encontra nada para comparar eu descobri que estava apaixonado por ela, mas sentia que ela queria que nosso amor ficasse em segredo, mas deixei que nós dois vivêssemos o momento eu passava a minha mão por todo o corpo dela desabotoei a sua camisa, ou melhor, a sua blusa em lugar do cinto ela tinha amarrado um lenço eu desfiz o nó ou ela não sei, só sei que a sede de amor me fez deitar por cima dela. Senti que não podia fazer amor com, mas senti prazer sobre o seu corpo sei que o meu esperma se espalhou em minha roupa, foi maravilhoso, foi até melhor quem sabe do que o amor de verdade que fiz com margarida, eu fiquei ainda mais feliz quando percebi que ela era mesmo virgem, pois ela disse:

- Amor será que eu não vou ficar grávida?

Percebi a ingenuidade dela e feliz beijei seus lábios dizendo:

- Como adorei você Neide, você é a mais linda das mulheres.

Sei que falei aquilo alegre, mas ao mesmo tempo triste, pois senti que um dia ela cairia na armadilha de um hipócrita que ela iria perder o que eu acho de mais precioso para um alguém quem sabe até mesmo pior do que pior por ser menor no valor moral não que quero deixar claro que tem alguém mais do que o outro, mas sim com maior moral. Sai dali8 feliz com Neide a deixei numa rua perto de sua casa senti que ela se foi como uma pombinha voando pra nunca mais vir pousar em meus braços. Fui para casa este dia nem quis sair mais, pois me sentia realizado. No dia seguinte ainda era festa. Já estava perto do fim sei que Rosimeire ainda esperava na praça de bermuda andava pelas barracas assistindo o movimento e já na tarde logo, a noite veio e eu nem percebi, quando encontrei com uma linda morena com o nome de Rosa. Sei que ela estava com uma irmã dela, e saímos pela rua, eu estava a pé e fomos andando rua eu a fora e depois que chegamos num lugar onde a sua irmã ficou e eu fui com ela pra sua casa, lá ficamos namorando estávamos sós na casa, era um banco velho que nós ouvíamos sei que beijamos e nada mais que beijos, ela uma mulher largada do marido, mãe de filhos, sei que ela falou do seu passado como se fosse um pesadelo não fizemos amor, mas valeu a experiência que tive com ela, ate tentei formar quadros de ilusão com ela em minha imaginação. Imaginava eu, com ela numa cama e poder provar o sabor do seu amor. Observem só que de beijos e abraços deu pra passar um tempo tão longo que mesmo pra relembrar até mesmo agora eu prefiro esquecer definitivamente apesar de eu ter que lembrar, pois vivi os momentos e estou falando. O certo é que fui embora e levei comigo na madrugada uma grande coisa eu fui feliz. Assim dormir sonhando com a linda rosa parecia que eu estava longe bem acima das estrelas com tamanha simpatia que ela tinha.

Ate que esta noite dormi mais sossegado, pois a paz que Rosa me transmitiu jamais outra mulher tinha me dado. Acordei já dia de sol quente me convidou ao banho no rio fui lá nadei como se eu estivesse nadando com uma flor e era com Rosa no pensamento sei que um dia passou como um verdadeiro sonho, passou levando consigo a minha expressão de alegria. A noite escura veio aos poucos se tornando um prateado inigualável, eu fui ao encontro de Rosa em minha mente só mesmo ela, e fomos pra pista desativada lá me senti feliz do lado dela per sentia que logo estaria provando mais precisamente do seu corpo, pois ela separada do marido, estava pronta pra reencontrar com um homem só que um homem diferente dos que ela tinha conhecido, um homem especial que estava mesmo respeitando a ela como uma pessoa como se fosse uma moça, e não uma pobre mulher recasada. Atirando ao nada eu estava ali, talvez carente de sexo, mas não demonstrasse, pois estávamos olhando pelos olhos do amor e me vi lentamente invadindo o seu corpo e pude maravilhar o sabor e a doçura que tinha a linda Rosa, enquanto eu fazia amor com ela, imaginava como poderia uma mulher daquela, viver só, jogada em uma cama criando filho de um idiota que tinha acabado com a vida dela eu gostaria de ser muitos ou pelo menos de naquele momento leva-la comigo, pois eu seria o homem mais feliz do mundo. Mas por outro lado eu8 tinha os meus compromissos não ia me desnudar do meu destino e me entregar a quem era dona de outro passado, eu gostaria na verdade de poder ter conhecido ela ainda moça sem filhos para que eu pudesse poder carregá-la comigo, ate cheguei à loucura de dizer:

- Você é a mulher mais gostosa que já conheci em toda a minha vida.

Ai sim que vi gostosura, ela parecia uma coisa que nem, tenho como comparar.

- Você achou?

- Sim, pura verdade. – foi o que respondi sentindo-me desmanchando nos braços dela.

- Você também. Você é para mim um sonho, nunca pensei em minha vida ter um homem como você do meu lado.

Eu não podia prometer algo pra ela, mas, no entanto gostaria de levá-la comigo e disse depois que sentimos amor e fumávamos um cigarro no carro.

- Sabe Rosa, linda Rosa eu gostei muito de você.

Ela com um semblante encantador deixou que o seu rosto pousasse no meu ombro e disse:

- Esqueça, vamos deixar acontecer...

 

Fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário