sábado, 29 de abril de 2023

A Bola João Rodrigues

 A BOLA

 

JOÃO RODRIGUES

 

        - Ei! Ei! Quem é você?

        - Bola, eu sou a famosa Bola. E quem é você?

        - Sou Marquinho, um aluno da professora Eme.

        - Você gosta de jogar Bola? Hem Marquinho!

        - Quem não gosta Bola!

        - Ótimo, estou mesmo com vontade de rolar por aí...

        Marquinho tomou a bola em suas mãos e disse:

        - Você é feita do quê?

        - De muitos produtos Marquinho – informou a professora Eme que acabava de chegar.

        - Mudou tudo professora! Exclamou Marquinho meio triste.

        - Por que ficou assim Marquinho? – Indagou a Bola meio triste.

        - É que só a gente estava aqui e de repente chegou a professora, ela quebrou o clima do momento.

        - Essa é a vida Marquinho, seja bem vinda professora.

        - Obrigada Bola.

        - De nada professora, peça desculpa a professora Marquinho.

        - Não sei se devo Bola, ela é que entrou em nosso mundo.

        - Mesmo assim é uma professora, merece ser respeitada.

        - Vou pedir desculpas, mas gostaria de dizer, no entanto que certos professores deveríeis respeitar os seus alunos, não se vestir de autoridade e não respeitar os seus limites.

        Enquanto Marquinho fazia as suas reivindicações a Bola saiu rolando e acabou descendo uma rua que dava para uma praça que era banhada pelo grande rio que descia com mansidão até o grande mar.

        De repente Marquinho se deu conta de que a Bola não estava mais ali.

        - Professora, a bola desapareceu! - Exclamou Marquinho seguindo a rua em direção à praça à procura da Bola dizendo:

        - Vamos professora, a Bola ficou com medo da senhora, ela foi embora.

        - Calma meu filho, é só uma Bola!

        - Mas ela gosta de mim – dizia Marquinho chegando à praça e não viu a Bola que nesse momento já estava descendo na correnteza das águas do rio.

        - Ela se foi professora, ela se foi...

        - Deve ter sido levada por alguém Marquinho!

        - Não professora, ele desceu rio abaixo.

        - O que quer fazer Marquinho?

        - Vamos à busca dela professora!

        - Mas não podemos andar sobre as águas.

        - Vamos procurar um barco, assim chegaremos até ela...

        - Barco de quem?

        - Do seu Helio. Meu pai disse que ele rema muito bem.

        - Eu não sei quem é ele.

        - Eu também não o conheço professora, mas no barco dele devemos encontrar alguém que conhece ele.

        De modo que Marquinho e a professora Eme foram até o lugar que os barcos ficavam ancorados e ali se encontraram com o seu Helio...

        - Meu nome a Marquinho, essa é a minha professora Eme, precisamos do senhor para nos ajudar a trazer a minha bola de volta.

        - Sua Bola? – indagou o seu Helio dizendo:

        - Bola não tem domínio, a gente é que a conduz.

        - Sabemos disso seu Helio, é que ela desceu rio abaixo.

        - Nessas alturas ela já deve estar muito longe!

        - Por isso é que precisamos do senhor – relatou Marquinho com ar de humildade.

        Minutos depois Marquinho e sua professora desciam rio abaixo com o seu Helio no seu possante barco e com a sua fama de grande remador.

        O sol já descia no horizonte, e do lado oposto um grande manto de escuridão parecia trazer uma escura noite no sertão.

        - Esta noite vai ser por demais escura – relatou o seu Helio dizendo:

        - Vai ser longa a nossa viagem.

        - Como assim seu Helio? Logo chegaremos ao fim do rio.

        - O rio se encontra com o mar Marquinho.

        - Iremos até o fim do mar.

        - Vai ser difícil mesmo seu Helio – relatou a professora Eme.

        Algumas horas mais tarde a escuridão da noite foi quebrada com uma enorme lua que fazia refletir nas águas do grande rio um lindo lençol de prata.

        - Como é linda a natureza professora – relatou Marquinho se deitando no colo da professora Eme e dormiu, logo em seguida a professora Eme recostada num banco do barco dormiu e assim o imaginário barco descia rio abaixo com destino ao mar, por o seu Helio também dormiu.

        De modo que a noite se foi, e os lindos raios de sol acordavam os três que dormiam dentro daquele barco ancorado num pequeno porto no rio do saber...

        - Onde estamos! – Exclamou Marquinho ao ninguém, pois a professora Eme e o seu Helio ainda dormiam profundamente...

        - Vamos acordando ai gente, já é dia, e estamos num porto...

        Marquinho desceu do barco e já em terra firme relatou:

        - Professora, chame o seu Helio pra gente conhecer este lugar, aqui é muito bonito...

        - Está bem Marquinho, quem sabe você até esquece essa balo e a gente pode voltar pra casa!

        - Não professora, eu quero a Bola.

        De maneira que os três seguiram pelo barranco do rio até chegaram a um lindo jardim que até fez o Marquinho dizer:

        - Que jardim maravilhoso professora, de quem será?

        - Deve ser de alguém que ama a natureza sem medida...

        - Olhe professora, tem uma casa ali perto...

        - Vamos até lá Marquinho – sugeriu o seu Helio.

        De modo que os três seres humanos foram até a casa e Marquinho chamou:

        - Ei morador!

        Um cão latiu e logo em seguida um senhor disse:

        - Bom dia pessoal, não tenha medo do meu cão, venha Joe.

        - Eu sou Marquinho, essa é a minha professora Eme e o seu Helio, dono do barco que nos trouxe até aqui a busca da bola.

        - Não sei de nada que fala Marquinho, mesma tudo bem, eu sou Liano e aqui é a minha casa, vemos entrando, fiquem a vontade...

        Quando Liano falou que era Liano a professora Eme relatou:

        - Seu nome não me é estranho!

        - Sei que não somos estranhos, somos personagens das histórias de João Rodrigues, eu sou da história Um Lugar Bonito, Liano, e outras que apareço em algumas falas.

        - Compreendo seu Liano – relatou Marquinho dizendo:

        - Eu sou personagens de várias histórias, inclusivo em uma delas eu caí de pára-quedas em uma das suas fazendas. E por falar nisso, João Rodrigues vem sempre aqui?

        - Gostaria Marquinho, mas é muito raro. Vamos entrar e tomar café.

        Instante depois Marquinho sua professora e seu Helio já assentados numa grande mesa o seu Liano falou:

        - Naninha. Temos visitas.

        Quando Naninha chegou à sala acompanhada da sua filha Bé que assim relatou:

        - Bom dia gente, é grande a nossa alegria servir o café da manhã para pessoas tão importantes.

        - Por que importante senhora - indagou Marquinho.

        - Sim, você é Marquinho, eu sou Bé da história Um Lugar Bonito, vejo agora professora Eme e um novo personagem seu Helio.

        - Posso te dar um abraço Bé?

        - Sim Marquinho...

        Quando Marquinho abraço Bé ouviu uma criança gritar:

        - Mamãe, onde está você?

        - Quem te chama Bé?

        - Minha filha Nara.

        Logo em seguida Marquinho e Nara brincavam no lindo jardim que se estendia ao longo do grande quintal da casa de Liano lá nos sonhos de Marquinho.

        - Marquinho, venha, tem alguém que quer te ver...

        Marquinho e Nara vieram correndo segurando um na mão do outro.

        - Quem é professora?

        - Quando Marquinho olhou para o lado avistou João Rodrigues vindo em sua direção com a Bola na mão.

        - João Rodrigues, onde estava a Bola?

        - Ela é uma das minhas personagens que criei especialmente para fazer uma grande homenagem a todas as crianças do mundo que gostam de brincar e a retratar minha nova história.

        - Que história é essa história João Rodrigues? – Indagou Marquinho ansioso para saber qual era a história de João Rodrigues que lhe fazia sair de um lugar para outro como num sonho que parecia não terminar.

        - A Bola Marquinho, essa é a minha nova história.

        - Calma filho, o que está sonhando desta vez que te fez chorar?

        - Nada não mamãe. Foi só um sonho, um lindo sonho.

        Relatou Marquinho murmurando:

        - A Bola. Eu quero uma bola nova...

 

 

FIM 

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